Neurociência explica por que somos capazes de aprender idiomas

O cérebro se adapta aos estímulos e às experiências, fortalecendo conexões neurais de linguagem e facilitando a comunicação.

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O cérebro se adapta aos estímulos e às experiências, fortalecendo conexões neurais de linguagem e facilitando a comunicação.

A capacidade de aprender novas línguas está relacionada à plasticidade cerebral, segundo a neurociência. Isso significa que o cérebro pode mudar e se adaptar conforme os estímulos e as experiências vividas. À medida que uma pessoa aprende um novo idioma, as conexões neurais responsáveis pela linguagem são fortalecidas, o que facilita o processo de comunicação. 

Ao fazer um curso para aprender inglês, por exemplo, é possível aproveitar da plasticidade cerebral para acelerar a aprendizagem do idioma. Isso pode ser feito graças à ativação de diferentes áreas do cérebro.

Além disso, para memorizar um novo vocabulário e dominar regras gramaticais, especialistas recomendam o uso de algumas estratégias. A exposição a diferentes estímulos linguísticos, a prática da língua em contextos reais, a interação social, a imersão por meio de conteúdos divertidos como músicas, séries e filmes são métodos que podem ser usados em cursos de espanhol e outras línguas estrangeiras para otimizar o aprendizado.

Os estudos em neurociência indicam que adultos e crianças podem aprender um novo idioma, sendo que cada faixa etária conta com facilidades e desafios diferentes. Em entrevista à imprensa, a professora de desenvolvimento linguístico e diretora do centro Bilingualism Matters da Universidade de Edimburgo, Antonella Sorace, ressaltou que as crianças se destacam no aprendizado implícito, no qual a aquisição de conhecimento ocorre de forma natural, sem necessidade de tentativas conscientes de aprendizagem.

Dessa forma, a orientação é para que os cursos de língua inglesa para crianças ofereçam estímulos constantes aos alunos, como imersão num universo bilíngue e participação em atividades lúdicas. Jogos de tabuleiro, canções, dança, leitura de histórias e jogos de adivinhação são algumas das práticas recomendadas. 

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Como ocorre o aprendizado de línguas no cérebro

Como a plasticidade cerebral faz com que esse órgão seja maleável e se adapte às novas informações, no decorrer do processo de aprendizado de um idioma, há o fortalecimento das conexões neurais. A partir daí, novas sinapses são formadas, o que permite o desenvolvimento das habilidades linguísticas.

Conforme a doutora em neurociência pela Boston University e especialista em psicologia cognitiva, Svetlana de Souza Hopf, em artigo à imprensa, ser bilíngue melhora o controle cognitivo em pessoas de todas as idades, o que inclui habilidades em tarefas que envolvem memória ativa, atenção e resolução de conflitos.

A especialista enfatiza que essas habilidades são relevantes para o sucesso acadêmico e podem também proteger o indivíduo contra o declínio cognitivo relacionado à idade. Ela esclarece que a mente bilíngue não opera com dois sistemas linguísticos independentes, mas sim a partir de uma interação constante entre os idiomas. A dinâmica leva ao aprimoramento dos mecanismos de controle de atenção.

Dicas para facilitar o desenvolvimento de novos idiomas 

Algumas estratégias auxiliam o aprendizado no novo idioma. Entre elas estão o estudo regular, a exposição à música e aos filmes na língua estrangeira, a interação com falantes nativos, ouso de recursos como exercícios de gramática e aplicativos.

Estudos do pesquisador francês Daniel Schön mostraram que, quando cantadas em vez de somente faladas, os estudantes aprendem novas palavras em idiomas estrangeiros mais facilmente. Isso ocorre porque, ao ouvir música, a mesma parte do cérebro utilizada para aprender idiomas é ativada.

A imersão por meio de séries, filmes e outras atividades é importante para não tornar o processo de aprendizagem desgastante. Pesquisas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revelaram que quem mais se esforça para adquirir um novo vocabulário não é, necessariamente, quem o faz melhor. A concentração é indispensável, mas é preciso fazer pequenas pausas para reter melhor as palavras e os seus significados.

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Neurociência explica por que somos capazes de aprender idiomas
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